terça-feira, 17 de junho de 2008

A inevitável luta contra nós mesmos.

Acordamos, vamos ao espelho.

Vemos nossa cara. Aquela mesma com a qual temos que conviver. Cada dia mais velha.

É então que lembramos quem somos. Lembramos que somos controladores dos nossos próprios atos. "Eu sou eu" é a frase que vem à cabeça, quase sempre muito assustadora.

Engraçado pensarmos assim após vermos que somos construtores de uma vida. Pensar que nós escolhemos nossos rumos e cabe a nós o desejo de realizar tudo que achamos importante. É complexo.

Quando não estamos no espelho, vemos o resto: o mundo. Por meio de receptores (os nossos sentidos), formamos a nossa particular percepção de mundo Homo sapiens.

Fora do espelho, descobrimos a cada dia uma coisa que não tínhamos percebido no dia anterior. Vemos o quanto o mundo é complexo e nos convencemos que sempre será cada vez mais complicado lidar com a vida.

Fazemos coisas que nunca imaginamos que faríamos, pensamos coisas que parecem estar muito além da capacidade compreensível de qualquer outra pessoa, percebemos imagens únicas de um ângulo do qual nenhuma outra pessoa nunca poderia perceber.

É aí que a frase "Eu sou eu" troveja em nosso cérebro. Estamos orgulhosos por aquilo que o ser humano é capaz de produzir em sua mente, pelo que vivenciamos, experimentamos.

Travamos uma luta infinita contra nossos pensamentos. "NÃO! Isso é certo!" "SIM, SIM! Isso é errado!!!" "Meu Deus o que faço agora?" "Onde estão as respostas para tudo que eu preciso saber?" Nossa mente é nosso maior inimigo, mas como inimigo experiente, fica próximo a nós. Ela nos informa de tudo que ocorre, para que possamos chegar a conclusões a respeito de coisas que já sabemos.

O que aprendemos é apenas reproduzido em forma de lembrança na nossa cabeça e tudo que temos que fazer é ouvir nossa mente. Ouvir o que ela tem a nos dizer.

O grande objetivo desse inimigo do ser humano é o de comprovar sua incontestável capacidade de conseguir confundir e manipular as pessoas.

Somos inimigos de nós mesmos.


A mente aprisiona. Mas só quando a gente quer.

A mente confunde, mas só quando a gente se convence de que tudo é complicado.

A mente nos dá a capacidade de compreender, mas só quando queremos.


Devemos valorizar aquilo que faz com que nossa mente perca a batalha, quando fugimos da razão. Fica o conselho:


Amem.


Amém.



Ricardo Oliveira

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